Apesar de José Dirceu (Na capa de Veja) ser o primeiro preso da Lava
Jato que fez parte do alto escalão da administração federal do PT –nos
anos de Luiz Inácio Lula da Silva–, a sua detenção já era esperada.
O ex-ministro da Casa Civil foi levado para a sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta 2ª feira (3.ago.2015).
A grande apreensão em Brasília no meio político ligado ao PT e ao
governo é sobre outras duas pessoas presas também hoje na 17ª fase da
Operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”. Muitos estão preocupados com
as prisões temporárias de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão e
sócio de Dirceu) e Roberto Marques (ex-assessor de Dirceu).
“O Luiz e o Bob não aguentam”
Entre as pessoas que falaram hoje cedo com Dirceu, uma delas disse ao Blog: “O Zé segura a onda. Não vai falar nada. Mas o Luiz e o Bob, não”. Bob é como Roberto Marques é conhecido. Outra observação: “Se o Milton Pascowitch, que era ligadíssimo ao Zé, fez delação premiada… Imagine o Luiz e o Bob”.
Entre as pessoas que falaram hoje cedo com Dirceu, uma delas disse ao Blog: “O Zé segura a onda. Não vai falar nada. Mas o Luiz e o Bob, não”. Bob é como Roberto Marques é conhecido. Outra observação: “Se o Milton Pascowitch, que era ligadíssimo ao Zé, fez delação premiada… Imagine o Luiz e o Bob”.
Bob é conhecido de todos políticos e jornalistas em Brasília que
acompanharam o governo Lula. O então assessor e amigo de Dirceu o
acompanhava a todos os lugares e sabia de todos os passos daquele que um
dia foi o homem mais forte da administração lulista.
Tanto Bob como Luiz, o irmão preso de Dirceu, são consideradas
pessoas sem estrutura psicológica para aguentar muito tempo presos e sem
falar o que sabem.
Há duas esperanças citadas hoje por aliados de Dirceu. Primeiro, o
fato de Bob e Luiz terem sido presos apenas temporariamente –ou seja, em
aproximadamente uma semana podem deixar a cadeia. O segundo ponto é que
os dois devem ficar na mesma cela de Dirceu, o que ajudaria a
acalmá-los.
O cenário muda se o juiz Sérgio Moro mudar o regime de prisão de Luiz
e Bob, de temporária para preventiva. Isso já aconteceu com outros
casos na Operação Lava Jato.