Passam-se
os tempos, muda-se a correlação de forças na política, mas há situações na
República que não se alteram. Um bom exemplo é a posição do deputado fluminense
Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB. Homem-bomba do mensalão, por ter
sido o autor da denúncia que enredou nas malhas da Justiça praticamente toda a
primeira geração de dirigentes do PT, Jefferson, em tese, deveria ter sido
politicamente esvaziado ao longo das três administrações federais da legenda.
Na linha 'bateu, levou'. Mas o que se vê é que ele, apesar das bordoadas
distribuídas na gente graúda do PT, se mostra cada vez mais influente nos
bastidores do poder, demitindo e nomeando, articulando para seus interesses e
de seu grupo.
Reportagem
publicada pela revista Istoé, na edição da presente semana, dá conta de que
Jefferson é uma das eminências por detrás do afastamento do liquidante dos bens
da Interunion Capitalização, a tristemente famosa empresa de Arthur Falk, o
operador do título de capitalização Papa-tudo. O presidente do PTB seria o
político que, agora, atuou fortemente pela queda de José Emílio Quintas, e,
antes, agiu pela queda de Paulo dos Santos da presidência da Susep –
Superintência de Seguros Privados, em 2010. Enquanto o ex-presidente do PT José
Dirceu dorme o sono pesado das preocupações com o julgamento do caso do
mensalão pelo STF, marcado para agosto, seu algoz Bob Jeff, ao que parece,
manda cada vez mais em áreas com bilhões em caixa. (Brasil 247)
