Com a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última
quinta-feira (17), de proibir o financiamento privado das campanhas
eleitorais, os defensores da medida pretendem intensificar os próximos
passos para que essa prática seja página virada no Brasil.
A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas,
criada em 2013 por 103 entidades representativas do país, como a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE),
além de movimentos sociais, trabalha com duas prioridades: a primeira,
respaldada pela decisão do STF, é conseguir o veto da presidenta Dilma
Rousseff ao ponto da minirreforma eleitoral (PL 5735/13), aprovada na
semana passada pela Câmara dos Deputados, que permite a doação de
empresas para partidos políticos nas campanhas.
“Nossos interlocutores estão cuidando para que a presidenta nos
receba nos próximos dias. Ela já fez isso uma vez. Queremos pedir a ela
que vete essa proposta”, disse o diretor do MCCE, Luciano Santos. Para
ele, o entendimento do STF sobre a questão é mais que moralizador. “Essa
medida influencia todas as decisões que o Congresso vai tomar daqui
para a frente. É mais que moralizadora. Existe um trabalho para que a
reforma política seja mais ampla e significativa, mesmo com as opiniões
diversas no Congresso. Agora, toda a estratégia da reforma política
muda, já que qualquer discussão terá que ser feita em torno dessa
decisão”, acrescentou.
