Revoltados com o tratamento recebido ao chegarem ao trabalho nesta
sexta-feira (6), funcionários da Câmara dos Deputados já preparam um ato
contra as medidas ordenadas pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), para a próxima terça-feira (10).
A manifestação está marcada para as 10 horas no Espaço do Servidor, ao lado da Biblioteca da Câmara.
Além disso, para mostrar a inviabilidade de ter que passar por
revista para se chegar ao trabalho, os servidores combinaram que
entrarem todos pela Chapelaria, acesso principal da Câmara, por onde
chega a maior parte dos deputados, inclusive o presidente, que tem sua
vaga de garagem privativa no local.
Nesta sexta-feira, funcionários tiveram que passar por detectores de
metal e raio X para entrarem na Câmara. A medida, tomada pela Direção da
Câmara, ocorreu depois que um manifestante atirou sobre Cunha uma
“chuva de dólares” com sua foto impressa nas cédulas.
Cunha é acusado pelo Ministério Público Federal de manter contas na
Suíça pelas quais teriam passado dinheiro proveniente de propina do
esquema investigado pela Operação Lava Jato. Informações prestadas pelo
Ministério Público da Suíça apontam sua mulher, a jornalista Cláudia
Cordeiro Cruz, como titular de contas que o beneficiam e que teriam
recebido recursos ilegais.
