O Papa celebrou a Missa matutina na capela da Casa Santa Marta no dia em que a Igreja recorda a memória de Santa Inês (21/01). Na homilia, Francisco falou do ciúme e da inveja: que o Senhor – esta foi a oração do Pontífice – nos preserve desses pecados que existem inclusive nas nossas comunidades cristãs e usam a língua para matar os outros.
A inveja mata também nas nossas comunidades
A inveja “mata” – afirmou o Papa – “e
não tolera que o outro tenha algo que eu não possuo. E sempre sofre,
porque o coração do invejoso ou do ciumento sofre. É um coração
sofredor!”. É um sofrimento que deseja “a morte dos outros. Mas quantas
vezes, exclamou o Pontífice, nas nossas comunidades – não devemos ir
muito longe para ver isso – por ciúme se mata com a língua. Alguém tem
inveja daquele, daquele outro e começam os fuxicos: e os fuxicos
matam!”:
“E eu, pensando e refletindo sobre estre
trecho da Escritura, convido a mim e a todos a entender se em meu
coração existe algo de ciumento, de invejoso, que sempre leva à morte e
não me faz feliz; porque esta doença leva sempre a ver o que o outro tem
de bom como se fosse contra você. Isto é um pecado muito feio! É o
início de muitas criminalidades. Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de
não abrir o coração aos ciúmes, de não abrir nosso coração às invejas,
porque estas coisas causam a morte”.
Jesus entregue por inveja
“Pilatos – concluiu o Papa – era
inteligente e Marcos, no Evangelho, diz que Pilatos percebeu que os
chefes dos escribas haviam lhe entregado Jesus por inveja:
“A inveja – segundo a interpretação de
Pilatos, que era muito inteligente, mas covarde – é que levou Jesus à
morte. O instrumento, o último instrumento. Entregaram-no por inveja.
Peçamos também a graça de não entregarmos nunca, por inveja, à morte, um
irmão, uma irmã da paróquia, da comunidade, e nem um vizinho do bairro.
Cada um tem seus pecados, cada um tem suas virtudes… são próprias de
cada um. Olhar o bem e não matar, com fofocas, por inveja ou ciúmes”.
