A
presidente Dilma Rousseff anunciou ontem em cadeia nacional de rádio e
televisão que as contas de luz das famílias brasileiras cairão 18% e as do
setor produtivo (indústria, agricultura, comércio e serviços) até 32%, já a
partir de hoje. Os percentuais são maiores do que ela divulgara em setembro,
também em rede nacional, e o prazo para vigência da medida foi antecipado em 13
dias. Em setembro, ela anunciara redução de 16,2% nas tarifas residenciais e de
até 28% na indústria. A pretensão do governo era adotar a medida a partir de 5
de fevereiro. Ontem, em tom enfático e desafiador, a presidente classificou de
“sem fundamento” as previsões de que o governo não conseguiria reduzir as
tarifas de energia e descartou qualquer risco de racionamento energético,
afirmando que o sistema brasileiro é “um dos mais seguros do mundo”. Num
pronunciamento de oito minutos, Dilma subiu o tom das críticas aos que
duvidaram da queda nas tarifas de energia elétrica e apostaram em racionamento,
especialmente após o registro de apagões pelo país e a redução do nível de
reservatórios de hidrelétricas com a seca.