Na
primeira pesquisa Datafolha para avaliar seu desempenho, o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) colheu números relativamente modestos. No início de abril, 30%
dos brasileiros consideravam o governo ruim ou péssimo, fatia semelhante à
daqueles que o estimavam como regular e como ótimo ou bom.
Tratava-se,
para o período, da pior avaliação de um presidente eleito em início de mandato
desde a redemocratização do país.
A
seguir, após o sexto mês, o instituto captou uma ligeira piora dos números da
popularidade de Bolsonaro. Os que consideravam o governo ruim ou péssimo
passaram a 33%, e os que o viam como regular caíram de 33% para 31%.
O
que poderia ter sido uma oscilação ocasional na margem de erro revelou-se, no
mais recente levantamento do instituto, como um ponto numa curva de
deterioração.
A
taxa de reprovação subiu ao final de agosto para 38%, num avanço significativo.
A parcela mais inclinada a apoiar o presidente, não desprezível, está em 29%,
ante 33% apurados no início de julho.
Alguns fatores parecem contribuir para tal situação, que não pode ser
considerada surpreendente.