O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como Coronel Cid, preso preventivamente em operação da Polícia Federal que investiga fraude em dados de vacinação contra a Covid-19, tem histórico de relacionamento com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-chefe do Executivo no curso de formação de oficiais do Exército, Mauro Cid era major e foi promovido a tenente-coronel em 2022. Ele foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante a gestão presidencial.
Mauro Cid foi apontado como o pivô da demissão do general Júlio Cesar de Arruda do comando do Exército, em janeiro deste ano.
Intimidade com o presidente
O militar compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, Cid era o guardião do telefone celular de Bolsonaro, a ponto de atender ligações e a responder mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família, como pagar contas em dinheiro vivo.
Ele também é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) que apura se o ajudante de ordens do ex-presidente operava uma espécie de “caixa paralelo”, por meio de saques de recursos dos cartões corporativos, o que é negado por Bolsonaro.
Entre as contas pagas por Cid, estão faturas de um cartão de crédito adicional emitido no nome de Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado Federal lotada no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Ela é amiga próxima de Michelle — ambas trabalhavam como assessoras de deputados na Câmara — e aparece em fotos ao lado de Bolsonaro e da ex-primeira dama.
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