Nos Estados Unidos não
existe suplente de senador. Aqui existe - e, como diz um sábio empresário, tudo
que existe só no Brasil, exceto jabuticaba, é suspeito. O suplente, em geral, é
aquele que paga a campanha do titular; e fica em condições de, sem um voto
sequer, ocupar uma cadeira no Senado. Às vezes há um jogo combinado: tantos
anos um, tantos anos outro. Às vezes a coisa simplesmente acontece.
Já houve casos em que um terço das vagas foi ocupado por suplentes. Hoje, dos 81 senadores, 16 são suplentes (já contando Wilder Morais) - um pouquinho menos de 20%. Um deles é um caso notável: o senador Edison Lobão Filho era suplente do pai, Edison Lobão, convocado para o Ministério de Dilma Rousseff. Três têm linhagem também notável: o suplente de Expedito Junior, cassado em 2007 pela Justiça Eleitoral, o de Demóstenes Torres, cassado por seus colegas, e o de Joaquim Roriz, que renunciou para não ser cassado.
Tudo bem; mas, se é para ter senadores que não se elegeram, para que há eleição?
Já houve casos em que um terço das vagas foi ocupado por suplentes. Hoje, dos 81 senadores, 16 são suplentes (já contando Wilder Morais) - um pouquinho menos de 20%. Um deles é um caso notável: o senador Edison Lobão Filho era suplente do pai, Edison Lobão, convocado para o Ministério de Dilma Rousseff. Três têm linhagem também notável: o suplente de Expedito Junior, cassado em 2007 pela Justiça Eleitoral, o de Demóstenes Torres, cassado por seus colegas, e o de Joaquim Roriz, que renunciou para não ser cassado.
Tudo bem; mas, se é para ter senadores que não se elegeram, para que há eleição?
(Por Carlos Brickmann)
