A Polícia Federal deflagrou uma investigação que tem Bolsonaro (PL) e militares do alto escalão do Exército como alvos.
Dois destes, na ocasião, são cearenses, próximos ao ex-presidente.
Investigados pela Operação Tempus Veritatis, Estevam Theophilo, foi comandante de Operações Terrestres do Exército em 2022 e é irmão de Guilherme Theophilo, candidato ao Governo do Ceará em 2018, e Paulo Sérgio Nogueira atuou como ministro da Defesa entre abril e dezembro de 2022.
Além desses dois, também há Braga Netto, um dos mais influentes ministros do ex-presidente, ocupando, inclusive, a Casa Civil antes de assumir o Ministério da Defesa. Na Defesa, o general pressionou uma punição de membros do Exército que se recusavam a aderir ao golpe, de acordo com relatório da PF.
Braga Netto também pressionou pela adoção do voto impresso no Brasil e, em julho daquele ano, enviou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o recado de que não haveria eleições sem voto impresso. Consequentemente, foi condenado pelo TSE por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência: inelegibilidade por oito anos e multa de R$ 212 mil formam a condenação.
O general Augusto Heleno é outro que segue investigado. Ministro-chefe do GSI na gestão Bolsonaro, o general é apontado como integrante do “Núcleo de Inteligência Paralela” do governo, grupo que tinha missão de coletar informações que ajudassem o ex-presidente “na consumação do Golpe de Estado”, diz a PF.