A frase é forte, impiedosa e categórica. Ela afronta uma visão mais
romântica da política, trazendo-a das alturas dos ideais para o mundo
dos interesses materiais, mesquinhos e individuais. Não se trata porém
de contrastar a política do ideal contra a política do interesse.
Mesmo
a mais idealista das candidaturas vai necessitar dinheiro para se
viabilizar, assim como a campanha mais interesseira vai necessitar de
uma mensagem nobre para vencer.
A raiz do problema, inafastável e impossível de ignorar, é o fato de que qualquer campanha eleitoral tem custos.
Sem meios financeiros para cobrir esses custos, não há campanha, ou, na
melhor das hipóteses, ela nunca consegue superar aquele estágio inicial
modesto, realizado por familiares e amigos, de maneira gratuita.
