Os parlamentares cobraram, e o governo atendeu. Para melhorar a relação com deputados e senadores, que se queixam da falta de atendimento de demandas, o Palácio do Planalto autorizou a liberação de R$ 1 bilhão em emendas impositivas a parlamentares reeleitos. E há mais recursos a serem cedidos para esse grupo nos próximos meses, a fim de aumentar a base de apoio à nova reforma da Previdência. Na última legislatura, cada um teve direito de propor até R$ 15,4 milhões em emendas individuais para destinar às suas bases eleitorais. São verbas que o governo é obrigado a executar em obras e serviços de saúde, transporte e educação, destacou ontem o presidente Jair Bolsonaro.
O montante é referente a restos a pagar, verbas represadas desde 2014. Do total, R$ 300 milhões atenderão às emendas de bancadas. Os outros R$ 700 milhões são individuais, destinadas a municípios que cadastraram propostas para o recebimento do dinheiro até 17 de março. É o prazo final revelado por parlamentares para a destinação da importância. A liberação está sendo articulada entre a Casa Civil e a Secretaria de Governo, mas o detalhamento do destino dos recursos deverá ser feito no fim do mês, quando o Ministério da Economia divulgar a programação orçamentária.
