Só um em
cada 10 participantes que prestaram o IX Exame da OAB no início deste ano foi
aprovado. O percentual de 10,3% é o pior resultado desde que a mesma prova, no
modelo unificado, passou a ser aplicada em todo o país, em 2010. Para o
presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem da OAB, Leonardo Avelino, o
baixo índice de aprovação não surpreende. Segundo ele, a tendência é que o
percentual oscile entre 10% e 15% a cada edição do exame. Avelino sugere que a
explicação seria a má qualidade das faculdades de Direito e do ensino médio: - Muitos
que prestam o exame não são capazes nem de interpretar com profundidade um
texto. É uma lacuna deixada pelo ensino médio que as faculdades não conseguem
suprir. O
presidente da Comissão Nacional do Exame da Ordem apontou medidas que poderiam
reverter a baixa aprovação, como o estágio obrigatório em órgão público, além
do acordo firmado entre OAB e MEC que prevê um marco regulatório para os cursos
de Direito.