Depois de emplacarem a maioria dos prefeitos no primeiro turno, partidos da centro-direita repetiram o feito e elegeram a maioria dos candidatos nas 51 cidades que hoje foram ao segundo turno da eleição municipal.
Os partidos conservadores elegeram 28 prefeitos neste domingo.
Liderada pelo PL, a direita tradicional. Das 16 cidades em que a direita venceu, seis são da legenda de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro:
PL: 6 – Anápolis (Márcio Corrêa), Cuiabá (Abílio Brunini), Canoas (Airton Souza), Aracaju (Emília Corrêa), Guarulhos (Lucas Sanches) e São José do Rio Preto (Coronel Fábio Candido);
União Brasil – Goiânia (Sandro Mabel), Campina Grande (Bruno Cunha), Natal (Paulinho Freire), Ponta Grossa (Elizabeth Schmidt) eTaboão da Serra (Engenheiro Daniel). Em Jundiaí, Gustavo Martinelli venceu, mas o resultado está sub judice;
Republicanos: 3 – Barueri (Beto Piteri), Santos (Rogério Santos) e Sumaré (Henrique do Paraíso);
Novo: 1 – Taubaté (Sergio Victor).
Partidos da centro-direita triunfaram em 12 municípios:
PP: 4 – Imperatriz (Rildo Amaral), Campo Grande(Adriane Lopes), João Pessoa (Cícero Lucena), e Petrópolis (Hingo Hammes);
Podemos: 5 – Guarujá (Farid Madi), São Bernardo do Campo (Marcelo Lima), Limeira (Murilo Felix), Palmas (Eduardo Siqueira Campos) e Porto Velho (Léo);
PSDB:3 – Paulista (Ramos), Santa Maria (Rodrigo Decimo) e Caxias do Sul(Adiló).
Três partidos do centro tradicional venceram em 17 cidades:
PSD: 9 – Belo Horizonte(Fuad Noman), Olinda (Mirella), Caucaia (Naumi Amorim), Piracicaba (Helinho Zanatta) Uberaba (Elisa Araújo), Curitiba (Eduardo Pimentel), Ribeirão Preto (Ricardo Silva), Londrina (Tiago Amaral), São José dos Campos (Anderson Farias);
MDB: 7 – Aparecida de Goiânia (Leandro Vilela), Santarém (Zé Maria Tapajós), Belém (Igor Normande), Porto Alegre (Sebastião Melo), Diadema (Taka Yamauchi), Franca (Alexandre Ferreira) e São Paulo (Ricardo Nunes);
Avante: 1 – Manaus (David Almeida).
A esquerda saiu vencedora em apenas seis cidades:
PT: 4 – Fortaleza (Evandro Leitão), Camaçari (Luiz Caetano), Pelotas (Fernando Marroni) e Mauá (Marcelo Oliveira);
PDT: 2 – Serra (Weverson Meireles) e Niterói (Rodrigo Neves).
Emendas e onda conservadora explicam
A distribuição de emendas parlamentares e o aumento do conservadorismo ajudam a entender essas vitórias. “Esses partidos são maioria no Congresso e, por isso, contam com um número significativo de emendas”, afirma Fábio Andrade, cientista político e professor da ESPM. Este ano, deputados e senadores têm R$ 49,2 bilhões para enviar a seus redutos eleitorais. Nas prefeituras, esse dinheiro é investido em posto de saúde, asfalto, creche e segurança.
Brasil e o mundo estão mais conservadores. “Essa é uma tendência global, e o Brasil não está isolado do resto do mundo. Há um desgaste da política tradicional, e os partidos de esquerda curiosamente são vistos como os mais institucionalizados, por isso acabam tendo um rescaldo maior”, afirma Andrade.
Com informações de UOL