O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), lançou nota para lamentar o suposto uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades.
“Lamento os fatos relatados hoje pela imprensa, que apontam que a Agência Brasileira de Inteligência, um órgão tão importante, tenha sido utilizado ilegalmente no Governo anterior para perseguição de pessoas públicas”, disse.
“Confio no trabalho da Polícia Federal para apurar responsabilidades, de forma a garantir a preservação do papel da Abin no fortalecimento do Estado Democrático de Direito no Brasil”, seguiu o cearense.
Entenda:
A Polícia Federal tirou o dia de hoje, quinta-feira, 25, para investigar se Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para espionagem ilegal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e do ex-governador do Ceará e ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Segundo o jornal O Globo, os documentos destacavam uma tentativa de relacionar os magistrados a uma facção criminosa. Na ocasião, foi realizado, na manhã de hoje, busca e apreensão contra o deputado Alexandre Ramagem (PL), diretor da Abin na época. O político ainda não se manifestou .
A investigação em relação ao nome de Camilo aponta que, em 2021, policiais militares do Ceará flagraram agentes da Abin controlando drones em cima da residência oficial da Governadoria do Ceará, ao lado do Palácio da Abolição, no bairro Meireles. Na época, importante destacar, a agência de inteligência instaurou um processo contra servidores suspeitos de envolvimento, mas o caso acabou arquivado.
Os criminosos investigados também são acusados de uso indevido de programa secreto chamado FirstMile, software usado para espionar pessoas através dos aparelhos celulares. Tudo isso durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
