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Um total de 97,1% das crianças cearenses matriculadas no 2º ano do Ensino Fundamental concluíram o ano letivo em 2023 alfabetizadas. Os dados são do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Estado do Ceará (Spaece) aplicado no ano passado. A análise dos resultados aponta que o Ceará segue consolidando o processo de alfabetização no Ceará. As informações foram apresentadas, nesta segunda-feira (27), pela secretária da Educação, Eliana Estrela, e pela secretária executiva de Cooperação com os Municípios, Emanuelle Grace.
O Spaece avaliou 100% dos estudantes no 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental da rede pública municipal, reunindo mais de 285 mil alunos distribuídos em 3.695 escolas. Os números demonstram que o Regime de Colaboração entre estado e municípios permanece forte, com foco no desenvolvimento da educação de qualidade para toda a sociedade cearense.
O trabalho no ano letivo de 2023 teve início com uma avaliação formativa, denominada Avalie CE, realizada em parceria com os municípios, com o intuito de identificar as necessidades educacionais específicas dos estudantes. A partir dessas informações e por meio do Programa Aprendizagem na Idade Certa, denominado atualmente como Paic Integral, foram construídas estratégias focadas na recomposição das aprendizagens.
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Alfabetização
Os esforços do Governo do Ceará, em parceria com as redes municipais de ensino, visando à recomposição das aprendizagens, promoveram melhora do cenário ainda em 2022, reduzindo para 15,4% o percentual de crianças não alfabetizadas e elevando para 84,6% a taxa alfabetizadas ao término do 2º ano, de acordo com o Spaece. Em 2023, 97,1% dos alunos nesta etapa de ensino estavam alfabetizados. Em 2007, esse percentual era de apenas 39,8%.
A avaliação do 5º ano do Ensino Fundamental é composta por teste de Língua Portuguesa (LP) e Matemática (MT). Em 2023, a aprendizagem dos alunos do 5º ano, nesses dois componentes, melhorou consideravelmente em relação ao ano de 2008.
Em Língua Portuguesa, o percentual de alunos no nível adequado subiu para 63,8%, enquanto, em 2008, o nível era de 6,9%. Em Matemática, era de 3,6% e passou para 48,4%.
Importante ressaltar que em 2022, a partir de todas as providências para a recomposição das aprendizagens, a soma do percentual de estudantes nos níveis adequado e intermediário alcançou 83,7% em Língua Portuguesa. Em 2023, esse número subiu para 86,5%. Em Matemática, saiu de 71,9%, na edição de 2022, e foi para 75,9%, em 2023, nos mesmos níveis citados.
No 9º ano, o percentual de alunos no nível adequado em Língua Portuguesa era de 2,5%, subindo, em 2023, para 29,1%. Já em Matemática, o percentual de alunos no nível adequado passou de 1%, em 2008, para 18,9%, em 2023.
Em 2022, a soma do percentual de estudantes nos níveis adequado e intermediário alcançou 62% em Língua Portuguesa. Em 2023, esse percentual foi para 65,2%. Em Matemática, no ano anterior, com alunos nos mesmos níveis de desempenho, o percentual obtido foi de 38,1%, enquanto em 2023, o registrado é de 41,4%.
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Eliana Estrela ressalta o empenho coletivo para o avanço nos indicadores. “Esses resultados não falam por si só, mas fazem parte de todo um trabalho desenvolvido ao longo dos anos, no chão da sala de aula. Agradeço, parabenizo e reconheço o trabalho de cada professor e servidor, tanto nas Regionais, como na Seduc-sede e nas Secretarias Municipais de Educação. Sabemos da importância da dedicação de todo esse time valoroso. É uma honra fazer parte dessa história, que tem um simbolismo importante”, considera.
Emanuelle Grace destaca o trabalho de recomposição das aprendizagens, que contribuiu decisivamente para a superação das marcas do ano de 2019, período que antecedeu a pandemia.
“Tivemos um crescimento significativo em todas as Regionais. As crianças que hoje estão no 5º ano vivenciaram o ciclo da alfabetização no ensino remoto, o que afetou o processo de aprendizagem. O trabalho de recomposição vem fazendo o efeito esperado. Os municípios estão realizando um esforço focado, com intervenções pedagógicas assertivas. A gente precisa acelerar esse crescimento, mas principalmente se manter em busca da equidade, de modo que nem um aluno fique para trás, e todos consigam ter a garantia de oportunidades e sucesso na caminhada”, pondera.