Políticos do Maranhão, Amapá e dirigentes nacionais
do PSB e PSDB apostam nas eleições de outubro para interromper o ciclo de
influência do senador José Sarney (PMDB-AP), a mais felpuda e longeva raposa do
Brasil republicano, com seis décadas na vida pública e meio século de parceria
com quase todos os governos (a exceção foi o breve período de Fernando Collor)
instalados depois do golpe de 1964.
É nos Estados onde Sarney erigiu um grupo político
e um império econômico de raras proporções que moram seus principais
adversários. Flávio Dino (PC do B), no Maranhão, e Dora Nascimento (PT),
vice-governadora do Amapá, fazem parte de uma movimentação que une adversários
de peso na tentativa de desgastar a imagem de Sarney para tirá-lo do cenário
político.
“Será um prazer ajudar a colocar
o senador Sarney num pijama”, diz o senador João Alberto Capiberibe (PSB-AP), o
Capi, que assume a contenda como se dela dependesse o aperfeiçoamento do
processo democrático. “Será o encerramento de um projeto político clientelista
e patrimonialista que não cabe mais no Brasil. Sarney é o atraso”, cutuca. (Portal Ig)