A pouco mais de um ano da eleição, o bloco do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (Educação) tenta costurar um acordão que passa por Sobral e o grupo do prefeito Oscar Rodrigues (pai do deputado federal Moses Rodrigues), mas que vem enfrentando resistência dos Ferreira Gomes, notadamente do ex-prefeito Ivo Gomes (PSB) e da deputada licenciada e hoje secretária de Estado Lia Gomes (PSB).
Essa postura de uma ala do clã FG é importante porque colide frontalmente com um dos planos do “camilismo” para 2026, qual seja, amarrar a federação União Brasil/PP em Sobral e Maracanaú, onde o prefeito Roberto Pessoa (UB) já é considerado praticamente da base do Abolição. Faltava ainda, porém, uma conversa mais afinada com Oscar, eleito em 2024 depois de impor derrota amarga à então candidata Izolda Cela (PSB), que postulava a continuidade da administração de Ivo.
Nas últimas semanas, houve movimentos significativos tanto de Elmano com Oscar quanto de Camilo e Chagas Vieira (Casa Civil) com Moses – ao pai interessa consolidar liderança o município, ampliando recursos de olho na reeleição, e ao filho, a cadeira de concorrente ao Senado ano que vem. Nos dois casos (fortalecer o prefeito e viabilizar Moses), as estratégias do governismo se chocam com o projeto dos irmãos do senador Cid Gomes (PSB), que até aqui tem se mantido em silêncio em relação às tratativas entre Governo e UB na cidade.
Por Henrique Araújo n’O Povo