O projeto que reserva 20% de vagas em concursos públicos federais a 'pretos' e 'pardos' gera problemas e contraria princípio da meritocracia. A afirmação é do jornal Folha de S.Paulo, que em editorial defende que o texto apresentado marginaliza os conceitos 'pretos' e 'pardos', tradicionalmente utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e consagrados na lei que fixa cotas em universidades federais, e usa, em seu lugar, o genérico 'negros'.
“O aspecto mais problemático vem a seguir. Como de costume nesses casos, o critério de elegibilidade às vagas reservadas é a autodeclaração; só que, a fim de coibir fraudes, o projeto determina que serão eliminados aqueles que prestarem declarações falsas. Ou seja, pretende-se instaurar uma espécie de tribunal racial apto a julgar se os candidatos 'negros' são mesmo pretos ou pardos”.