A poucos minutos para ocorrer a sessão de posse na Câmara Municipal, na tarde de quarta (1º), a população de Santa Quitéria assistiu, em estado de choque e completa surpresa, a um dos mais graves fatos da sua história política. Enquanto se preparava para ir ao Poder Legislativo para ser empossado para seu segundo mandato, o prefeito José Braga Barrozo foi preso por policiais federais e civis.
Ele estava em sua residência, no bairro Arco, quando viaturas chegaram, lhe deram ciência do mandado de prisão preventiva e o levaram para Fortaleza, onde ficará na Delegacia de Capturas, à disposição da Justiça. Antes, ele foi submetido a exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal, em Canindé.
Os vereadores foram chamados em uma sala, onde ouviram do diretor do DPI Norte, delegado Marcus Aurélio, a decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, que determinou também que o vice-prefeito Gardel Padeiro não assumisse o cargo. Por aproximadamente quarenta minutos, os trabalhos ficaram parados, enquanto os parlamentares preparavam a posse interina.
O ambiente foi tomado por incredulidade, entre imprensa, políticos, advogados e a própria população, que não acreditava no que ali estava ocorrendo.
Além da prisão, também foi decretada ordem de busca e apreensão em sua casa. Ao todo, foram quatro mandados de prisão preventiva expedidos pelo Tribunal. Além de Braguinha, outra pessoa também foi presa pela Polícia Federal, porém os demais nomes dos alvos não foram divulgados.
Por meio de assessoria de imprensa, o TRE afirmou que o caso está em segredo de Justiça e que, por isso, não se manifestará.
(A Voz de Santa Quitéria)
