Há uma década, as previsões da ONU indicavam que o pico populacional do planeta aconteceria mais tarde e seria ainda maior, mas os baixos índices de fertilidade ao redor do mundo adiantaram o processo e diminuíram seu tamanho. Estima-se que, já em meados dos anos 2030, o número de pessoas com mais de 80 anos será maior que o de bebês com menos de 1 ano.
“O pico mais cedo e mais baixo é um sinal de esperança”, afirma Li Junhua, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, em comunicado. “Isso pode significar uma redução das pressões ambientais decorrentes dos impactos humanos devido ao menor consumo agregado. Entretanto, um crescimento populacional mais lento não eliminará a necessidade de reduzir o impacto médio atribuível às atividades de cada pessoa.”
Nascimentos em queda
Segundo o estudo, hoje as mulheres têm em média um filho a menos do que tinham nos anos 1990. Em mais da metade dos países, a média de nascimentos está abaixo de 2,1, considerado o nível necessário para que a população consiga manter seu tamanho sem precisar da imigração. Em quase um quinto das nações, a taxa de fertilidade é de 1,4, classificada como “ultrabaixa” — entre elas, Itália, Espanha, China e Coreia do Sul.