quinta-feira, 5 de junho de 2025

DEPUTADA É CHAMADA DE “BANANEIRA DE UM CACHO SÓ” E DIZ TER SOFRIDO VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO


Pouco assídua no uso da tribuna da Assembleia Legislativa, a deputada Luana Régia (Cidadania) subiu à tribuna do Plenário 13 de Maio, na manhã de quarta-feira (04), para denunciar falas feitas por um vereador de Cascavel, seu opositor local, que ela atribui ter sido um ato de violência política de gênero. Isso porque durante sessão da Câmara Municipal daquele Município, o vereador Clenildo Queiroz (PRTB) chamou a parlamentar de “bananeira de um cacho só”.

As falas do vereador também foram direcionadas ao ex-prefeito da cidade Tiago Ribeiro, ex-marido de Luana. De acordo com a deputada, ela foi atacada verbalmente “por uma fala machista e misógina”, que teria como objetivo desqualificar seu mandato. Deputados da base governista se solidarizaram com a parlamentar e partiram em sua defesa, atacando as falas do vereador.

“Me ofendeu como mulher, parlamentar, mãe e cidadã. Não era uma crítica política, foi pessoal e para me descredibilizar como mulher na política. E infelizmente não foi a primeira vez”,  afirmou ela. Ela lamentou, ainda, que as falas tenham sido transmitidas pelas redes sociais, através da página da Câmara Municipal, o que gerou um debate entre munícipes de Cascavel.

“Um ataque que reverbera e alimenta o machismo estrutural, mas que não ficará por isso mesmo. Já tomei providências legais cabíveis e não deixarei que passe impune. Nenhum homem, por mais que tente, poderá impedir a colheita que nosso trabalho produz. Sou procuradora adjunta da Procuradoria Especial da Mulher desta Casa e assumo esse enfrentamento não só como vítima, mas por todas as mulheres que não têm voz e são silenciadas diariamente”, declarou.

A deputada Juliana Lucena (PT),que preside a Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, também esteve presente à sessão desta quarta-feira para ouvir a colega parlamentar. Ela afirmou que a violência política de gênero é um crime, e que seus responsáveis precisam ser punidos. “Infelizmente, são muitos os casos por todo o País, mas não aceitaremos e nem nos calaremos”.