"O homem público é obrigado a ter posições firmes e definidas. Sejam equivocadas ou não, mas tem que assumi-las.
Em 1998, ainda bem moço, eu estava no segundo ano do nosso primeiro mandato como vice-prefeito de Icó. À época, iniciava salvo melhor juízo de memória, a campanha para a presidência da República.
O líder político, Ciro Gomes, que tinha sido Governador do Ceará bem avaliado, no passado não distante, tinha levado em sua gestão vários benefícios à Ribeira do Salgado dos Icós.
Pois bem, num final de semana, Ciro percorreu alguns municípios do Ceará com sua caravana e seus comícios. E esteve no Largo do Théberge - sítio histórico de Icó -, para discursar, já que não precisava se apresentar aos icoenses e, tão pouco, aos cearenses.
Para sua surpresa, embora relevante o seu encontro com o nosso povo, o evento não foi tão grande assim, como se esperava.
Os políticos locais e regionais, então seus amigos, não compareceram.
Com mandatos eletivos em curso, apenas eu e mais ninguém. Como vice-prefeito, à época, fiquei ouvindo-o no meio do povo.
Até aí tudo bem; porém, alguém sobrou aos seus ouvidos e, de viva voz, me convidou para o seu palanque.
E fui...!
Mas ele não se conteve:
- "Obrigado, Fabrício, pelo voto, pela confiança e por ter vindo me prestigiar. Os demais políticos, não falo daqueles que nem me conhecem, estão achando que estou com papeira e vou contaminá-los".
Vida que segue...!"'