segunda-feira, 29 de maio de 2023

PARA LIRA, RESISTÊNCIA AO PROJETO QUE COMBATE AS FAKE NEWS SE DEVE A UM INTERESSE FINACEIRO GIGANTESCO DAS CHAMADAS BIG TECHS


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a resistência ao projeto que combate as fake news foi se deve a um interesse financeiro gigantesco das chamadas big techs para impedir a votação, com a narrativa de que o texto criava uma censura. Lira concedeu entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (24). Ele disse que acionou a Procuradoria-Geral da República contra o Telegram e o Google por práticas ofensivas ao Poder Legislativo.

“Espero que sejam chamados e sejam responsabilizados, porque exageraram na atuação dos algoritmos para impressionar parlamentares de maneira vil. É um tema sensível que merece todas nossas atenções. Agora, na impossibilidade de tratar tudo junto, vamos tratar no fatiamento, com diálogo”, afirmou.

Segundo ele, a discussão do projeto superou barreiras partidárias e ideológicas e, por ação dessas grandes empresas, que não queriam debater o tema de maneira razoável e justa, o ideal é tratar da proposta de maneira fatiada, ou seja, em vários projetos distintos.

Relação com o Executivo

Na entrevista, Lira também foi questionado sobre a relação entre o Legislativo e o Executivo. Segundo o presidente da Câmara, as circunstâncias políticas atuais são diferentes dos dois primeiros mandatos do presidente Lula.

“Não tinha teto de gastos, não tinha agência reguladora, não tinha Banco Central independente, não tinha o Congresso com o protagonismo que tem hoje”, pontuou.

“O governo precisa cumprir os acordos com o Legislativo, na priorização dos espaço dos parlamentares com respeito as funções de cada Poder, sem isso fica muito difícil o governo implementar mudanças que o Congresso entenda como interesse do governo, não do país”, destacou Lira.