O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá que julgar nos próximos meses mais de mil denúncias em que prefeitos são acusados de abuso do poder econômico para se eleger, entre outras irregularidades. Boa parte deles obteve um segundo mandato nas urnas em 2012, revela Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S.Paulo desta terça-feira.
Diz a colunista que o presidente do TSE, Dias Toffoli, exibe o número para exemplificar a necessidade de reforma política no país: ele defende o fim da reeleição para os municípios. Já para o cargo de presidente acha que a regra deve ser mantida. "Ela trouxe estabilidade ao país", afirma.
Toffoli defende ainda o veto à contribuição de empresas às campanhas e o limite de doação das pessoas físicas. "Nos EUA, um cidadão, rico ou pobre, pode doar até US$ 2.600 para cada candidato. Na França, 4.600 euros. No Brasil, pode contribuir com até 10% de seus rendimentos do ano anterior. Ou seja, quem ganha mais doa mais, o que gera uma distorção", afirma.