Mais: Cid não quer somente fazer da legenda uma sigla tão influente quanto PT ou PSD, mas a mais capilarizada entre as forças da base. Esse movimento, se levado a contento, pode cacifar o senador para indicar o vice (ou a vice) na chapa de Elmano de Freitas (PT) na próxima corrida eleitoral. É tema sobre o qual já tratei: a briga pela cadeira no Senado se acirrou, com mais interessados do que vagas.
Cid detém mandato e apoio expresso de Camilo Santana, mas não se nota nele mais interesse no exercício congressual. Internamente, o pessebista fez saber a Elmano e Camilo que abre mão do Senado, contanto que tenha prerrogativa de chancelar o nome para compor a chapa, que pode ser tanto o de Ivo Gomes quanto o de Lia Gomes, ambos irmãos do ex-governador.
A se confirmar o cenário, a equação governista em tese se resolveria, com Jade Romero (MDB) saindo para deputada federal e Eunício Oliveira (MDB) se encaminhando para voltar à senatorial. Restaria a segunda vaga, apalavrada por Camilo com Chiquinho Feitosa (Republicanos), mas pleiteada por outros quadros.
Por Henrique Araujo, n’O Povo