Sobral acendeu um sinal de alerta na gestão fiscal. Dados do Centro de Liderança Pública, divulgados pelo Diário do Nordeste, colocam o município entre as dez cidades mais endividadas do Ceará em 2025. No ranking que avaliou 418 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, Sobral ocupa a 9ª posição estadual, com índice de endividamento de 27,56 pontos.
O número, embora distante do pior cenário — liderado por Juazeiro do Norte —, não permite complacência. O indicador mede a relação entre a dívida consolidada líquida e a receita corrente líquida, e quanto mais baixo o resultado, maior a fragilidade fiscal. Em outras palavras: há menos margem para investimentos, mais risco para o funcionamento da máquina pública e maior dependência de decisões rigorosas de gestão.
O desafio recai diretamente sobre a administração Novo Tempo, comandada pelo prefeito Oscar Rodrigues. Sobral não é apenas uma cidade média; é um polo regional que sustenta demandas de saúde, mobilidade, educação e infraestrutura de dezenas de municípios do entorno. Essa centralidade amplia despesas e exige planejamento financeiro ainda mais cuidadoso.
Economistas avaliam que o quadro não é irreversível, mas o tempo joga contra. Sem ajustes na arrecadação, controle de gastos e uma política clara de atração de investimentos, o risco é que o endividamento limite a capacidade de resposta do município justamente quando a população mais cobra serviços, obras e geração de emprego.
(Via Sobral em Revista / Foto: Fotorama)
