BRASIL - PE247 - Turbinado pelo
crescimento nas urnas durante o primeiro turno das eleições municipais, o PSB
promoveu, na quarta-feira 10, em Brasília, a primeira reunião do seu diretório
nacional para discutir os rumos do partido a partir de agora. Na pauta, uma
maior participação da legenda em questões de cunho nacional, como a crise
econômica e a revisão do bolo tributário entre os diversos entes federativos.
Com essa agenda, o PSB pretende ganhar corpo
visando as eleições de 2014. Embora diga apoiar a reeleição da presidente Dilma
Roussef em 2014, o governador do Ceará, Cid Gomes, mandou o recado:
“Trabalhamos com a hipótese de que Dilma seja candidata à reeleição. Se não
for, zera tudo”, advertiu.
O presidente nacional da sigla, o governador
Eduardo Campos, se posicionou de maneira mais discreta, muito embora tenha
deixado o assunto em aberto. “Há uma crise internacional profunda. O Brasil tem
uma pauta densa no Congresso e nós queremos ajudar a presidente. A
pauta de 2014,deixa para 2014”, observou.
Decidido a tornar o partido e a si próprio um nome
forte no cenário nacional, Campos anunciou um seminário com os prefeitos
eleitos pela legenda já em novembro. O objetivo é discutir a situação econômica
e financeira dos municípios diante do novo cenário internacional e das medidas
tomadas pelo Governo federal para estimular a economia e que terão impacto
direto na redução dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e
do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Como se observa, Campos vem
agindo de forma cautelosa para evitar novas rusgas com o PT. Mas caso a
oportunidade se mostre viável, ele não a deixará passar em branco.