quarta-feira, 14 de abril de 2021

INFORMAÇÕES DO BOLETIM EXTRAORDINÁRIO DO OBSERVATÓRIO COVID-19 FIOCRUZ, REFERENTES À SEMANA EPIDEMIOLÓGICA DE 4 A 10 DE ABRIL EM TODO O PAÍS

Dados do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, referentes à semana epidemiológica de 4 a 10 de abril, mostram que a tendência de alta de transmissão da Covid-19 se manteve no país, com valores recordes no número de óbitos (média de 3.020 mortos/dia) e aumento de novos casos (cerca de 70.200 casos diários). 

Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, se manteve predominantemente estável e muito elevada. Destacam-se a saída do Maranhão (78%) da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário e quedas do indicador no Pará (87% para 82%), Amapá (de 91% para 84%), Tocantins (de 95% para 90%), Paraíba (de 77% para 70%) e São Paulo (de 91% para 86%). No Rio Grande do Sul a queda do indicador foi de 90% para 88%, mas vale sublinhar o fato do estado retornar, após seis semanas, a um patamar inferior a 90%. Entre as capitais, sublinham-se quedas mais expressivas em Macapá (de 94% para 86%), Belo Horizonte (de 99% para 88%), São Paulo (de 91% para 84%) e Florianópolis (de 99% para 92%). 

Dezesseis estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (96%), Acre (92%), Tocantins (90%), Piauí (94%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (98%), Pernambuco (97%), Sergipe (94%), Minas Gerais (91%), Espírito Santo (95%), Rio de Janeiro (90%), Paraná (95%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (98%), Goiás (96%) e Distrito Federal (98%). Seis estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Pará (82%), Amapá (84%), Alagoas (88%), Bahia (84%), São Paulo (86%) e Rio Grande do Sul (88%). Por fim, três estados mostram-se com Leitos de UTI para Covid-19 taxas inferiores a 80%, mas superiores a 70% – Amazonas (73%), Maranhão (78%) e Paraíba (70%) – e um estado (Roraima), com taxa de somente 44%. 

Dezenove capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 90%: Porto Velho (100%), Rio Branco (93%), Belém (92%), Palmas (93%), São Luís (90%), Teresina (100%), Fortaleza (97%), Natal (97%), Maceió (90%), Aracajú (97%), Vitória (96%), Rio de Janeiro (94%), Curitiba (97%), Florianópolis (92%), Porto Alegre (94%), Campo Grande (106%), Cuiabá (98%), Goiânia (93%) e Brasília (98%). 

Cinco capitais estão com taxas superiores a 80% e inferiores a 90%: Macapá (86%), Recife (89%), Salvador (82%), Belo Horizonte (88%) e São Paulo (84%). 

Manaus (73%) e João Pessoa (78%) mostram-se em zona de alerta intermediário e Boa Vista (44%) fora da zona de alerta.

As taxas de ocupação de leitos de UTI permanecem muito críticas, mas parece se consolidar lentamente a tendência de melhoria do quadro na Região Norte e em alguns estados como Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Permanece a necessidade de que se empreendam esforços para controlar a disseminação da pandemia e preservar vidas.

"Nesse sentido, é prudente que os municípios, em especial os que compõem as regiões metropolitanas, adotem medidas convergentes e sinérgicas no enfrentamento à pandemia". É o que orientam os especialistas da Fundação Oswaldo Cruz.