Diante da insatisfação dos deputados da base do governo com o Ministério da presidente Dilma Rousseff, um fantasma ronda a eleição para a presidência da Câmara, marcada para o início de fevereiro. Trata-se do risco de surgir uma terceira força aproveitando o racha dos partidos governistas. Foi assim que o folclórico Severino Cavalcanti acabou eleito presidente da Casa em 2005 e dois anos depois, ao receber mensalinho de um empresário, jogou o Congresso em uma de suas piores crises da década. Com a crescente legião de parlamentares irritados com a hegemonia do PT de São Paulo, que já levou a melhor fatia do Ministério de Dilma, o episódio pode se repetir. Na disputa estão seis parlamentares, mas a lista pode subir, dependendo das negociações que ocorrerão.