No balanço do troca-troca de partidos, com base nas mudanças até o último sábado, fim da janela partidária, uma triste constatação para o União Brasil. Resultado da fusão do PSL com o DEM, o UB cantava de galo como a sigla mais robusta e, consequentemente, de maior elasticidade de fundo eleitoral.
Ao contrário, foi o que mais murchou. Saiu de 81 para 45 deputados na Câmara dos Deputados, 36 a menos. A grande maioria dos ex-filiados migrou para o Partido Liberal (PL), sigla do presidente Bolsonaro, a que mais se agigantou. Passou de 33 para 75 parlamentares, 42 a mais, um baita crescimento.
Em seguida, o PP, também da base de Bolsonaro, foi a legenda que mais lucrou na janela: saiu de 38 para 59 deputados federais, um acréscimo de 21. Legenda igualmente alinhada ao Planalto, o Republicanos vem em seguida. Ganhou 16 deputados, saindo de 30 para 46 o tamanho da bancada na Câmara. Em seguida, o PSD, de Gilberto Kassab, que ganhou 9, saindo de 35 para 44 deputados.
Já o PSC, também da base bolsonarista, ganhou quatro deputados, saindo de oito para 12 parlamentares. Em crescimento, embora bem tímido, aparecem, pela ordem, a Rede, que tinha um foi para dois, o PV, que tinha quatro e agora tem cinco e o PT, o Partido dos Trabalhadores, por onde Lula vai disputar o Planalto, que ganhou apenas um deputado, saindo de 54 para 55 parlamentares.
Quanto aos que mais perderam, depois do União Brasil, todos, com algumas exceções, de esquerda e da oposição a Bolsonaro, a começar pelo PSB, que sofreu uma baixa de 11 deputados, saindo de 32 para 21. Em seguida, o PDT, que perdeu nove - saiu de 28 para 19. Pela ordem, a seguir, o PTB perdeu cinco, o PSDB 4, o PMN três, o Solidariedade três, o PTC dois, o Cidadania dois, o Podemos dois, o Psol dois, o PCdoB dois, o DC dois, o Patriota um e o MDB um. Novo, Avante e Pros, até ontem, não haviam sofrido baixas.