"Ato pela anulação do julgamento
do mensalão" debateu os "notórios e graves erros cometidos pelo
STF" no processo Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press
O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu (PT-SP) afirmou, em ato
político realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de
Janeiro, que "nem em regime fechado, nem se me colocarem numa solitária,
vão me calar", diante da decisão que considera injusta do Supremo Tribunal
Federal (STF), que o condenou a dez anos e dez meses de prisão (corrupção ativa
e formação de quadrilha) por ter supostamente chefiado o esquema do mensalão.
"Há uma campanha para nos desmoralizar, numa tentativa de cercear o
nosso direito. E ainda querem recolher nosso passaporte. Quem fala em nome da
nação no Brasil não é o Supremo. É o parlamento brasileiro. E a presidenta
brasileira", discursou Dirceu, diante de uma plateia de militantes da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizadora do evento, e do próprio PT.
Sem conversar com os
jornalistas, o petista atacou veementemente o que considerou uma campanha dos
órgãos de imprensa, que o julgaram premeditadamente antes que o STF tomasse a
sua própria decisão pela condenação dele e de outros envolvidos no suposto
escândalo de compra de votos no Congresso Nacional para favorecer o governo
Lula.