Em sessão tumultuada
por protestos e com os votos mínimos necessários, o deputado evangélico Marco
Feliciano (PSC-SP) foi eleito ontem presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara. Além de presidente da igreja Tempo de Avivamento e contrário ao casamento
gay e ao direito ao aborto, o parlamentar é uma figura polêmica, alvo de
processo por estelionato no Supremo Tribunal Federal, acusado de ter faltado a
um evento pelo qual recebeu pagamento. Também responde a
ação no STF por homofobia: foi denunciado no início deste ano pelo
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que considerou discriminação uma
das mensagens de Feliciano no seu Twitter, que dizia: “A podridão dos
sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”. Um vídeo que circulou ontem na internet mostra
o pastor numa pregação pedindo o cartão de crédito de um fiel e cobrando que
forneça a senha. “Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não
vale. Depois vai pedir milagre para Deus. Deus não vai dar, e vai dizer que
Deus é ruim”, é a fala do deputado no vídeo.