A repercussão em torno de um edital de concurso público da Polícia Civil da Bahia que exigia
exame ginecológico ou atestado de virgindade para candidatas a delegada,
escrivã e investigadora levou o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), a determinar
"a imediata suspensão dos itens que possam causar constrangimento ou
discriminação às mulheres".
A medida foi anunciada pelo governador
via Twitter no final
da tarde de quinta-feira (14), um dia após a seção baiana da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgar uma nota de repúdio contra
o edital.
O motivo da polêmica é uma cláusula do
edital que liberava mulheres "com hímen integro" de passar por
"avaliação ginecológica detalhada, contendo os exames de colposcopia, citologia
e microflora".
Para isso, porém, as
postulantes teriam de comprovar serem virgens por meio de um atestado médico,
com assinatura, carimbo e registro profissional do médico em questão.