Na Capela Sistina, os 115 cardeais
"cardeais eleitores" (com menos de 80 anos) iniciam nesta
terça-feira o conclave para a escolha de um papa para suceder a Bento 16 , que deixou o cargo oficialmente
em 28 de fevereiro, marcando a primeira renúncia em quase 600 anos de um pontífice.
Pelas regra
canônica anterior, o conclave deveria começar com um mínimo de 15 dias após a
morte ou renúncia de um papa. Mas Bento 16 alterou a lei por meio de um decreto
e ofereceu aos cardeais a possibilidade de antecipação , o que permitiu o início da eleição
nesta terça.
A
data do início do conclave é importante porque a Semana Santa começa em 24 de
março, com o domingo de Páscoa em 31 de março. Com o objetivo de ter um novo
papa para o período litúrgico mais solene da igreja, ele teria de ser nomeado
até o domingo do dia 17 - um calendário apertado se o conclave fosse começar,
como inicialmente previsto, no dia 15. Os conclaves estão entre as eleições
mais misteriosas do mundo, sem candidatos declarados, sem campanha eleitoral
explícita, e com eleitores que muitas vezes conhecem poucos dos seus colegas.
Todos eles juram manter segredo sobre os detalhes da votação. Entre os favoritos , estão o cardeal italiano Angelo Scola e o cardeal brasileiro Odilo Scherer .