domingo, 16 de junho de 2013

INSATISFAÇÃO NO PAÍS

Nas décadas de 1960 e 1970, secundaristas e universitários lutaram bravamente contra uma ditadura e a favor de utopias sedutoras. Muitos morreram e foram torturados quase ainda crianças.
Nos anos 1980, novas gerações lutaram nas ruas pelas 'diretas, já'. E, nos 1990, milhares pintaram a cara pelo impeachment de Collor. Mais do que demolir um presidente indesejável, sonhavam edificar um país mais justo, mais decente.
A década de 2000 passou em branco. Inebriados pelo mito Lula e a miragem da esquerda pura e ética, os movimentos acomodaram-se e a estudantada recolheu-se à sala de aula. Utopias e sonhos coletivos cederam às ambições pessoais. O 'cada um por si' venceu o 'um por todos, todos por um'.
As manifestações de agora começaram por 20 centavos a mais na passagem de ônibus em São Paulo e alastraram-se para Rio, Curitiba, Goiânia, Teresina e outras capitais. Coincidiram com os tambores de guerra dos índios e podem ser o fim da longa hibernação, um sinal para os Poderes da República.
Basta de violência, de desvios, de impunidade. Continue lendo  o artigo na íntegra.


(Folha de S. Paulo - Eliane Cantanhêde)