Em tom de mea culpa, deputados da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) admitiram hoje (18) que encerram as atividades legislativas de 2013, um ano marcado por manifestações populares que tomaram as ruas em julho, com uma dívida com a sociedade. O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, o cearense José Guimarães, admite que há uma indisposição geral com o parlamento, apesar de ser este um dos locais “onde mais se trabalha”.
Segundo ele, este foi um ano de “alta produtividade no Poder Legislativo”, com avanços significativos em projetos nas áreas de saúde, educação e mobilidade. No entanto, o petista reconheceu que o Congresso Nacional poderia ter avançado mais com a reforma política. “Estamos devendo uma coisa em que não tivemos força e não conseguimos avançar, que foi o pacto para a reforma política.”
José Guimarães disse que esta foi “a maior derrota do governo” nas negociações com o Poder Legislativo e que se sente frustrado. "O Congresso Nacional tem que tentar avançar com as reformas política, eleitoral e tributária. A minirreforma que foi feita, com os vetos, não serve para nada.”