Marco Damiani _BRASIL 247 – Numa eleição que já
experimentou todo o tipo de reviravolta, o tempo de 15 dias que separa o
Brasil das urnas de 26 de outubro é mais que suficiente para a
provocação de mais uma virada. A rigor, o presidenciável tucano Aécio
Neves superou a adversária Marina Silva, do PSB, nos quatro dias
anteriores ao pleito de primeiro turno, em velocidade impressionante.
Antes, assim que apresentou seu nome à disputa, a própria Marina foi
catapultada para uma segunda posição que parecia lhe garantir a passagem
para o segundo turno. No curso da disputa, a presidente Dilma Rousseff
nunca havia experimentado o segundo lugar nas pesquisas e sempre teve a
situação sob controle. Agora, porém, algo mudou.
O prazo é suficiente, a pergunta que se faz é a respeito das
condições objetivas de provocar uma nova, e definitiva, mudança nos
prognósticos. Seguida da divulgação maciça da delação premiada de viva
voz do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, a pesquisa Sensus
que informou uma vantagem de 17 pontos percentuais a favor do
presidenciável Aécio Neves foi, como só se poderia esperar, um banho de
água gelada nos ânimos do PT.