Um político sólido patrocinando com seu capital eleitoral e pela sua exclusiva vontade um afilhado tem longa e conhecida repetições na história política brasileira. E a seqüência desse modelo também é muito conhecida: criatura voltando-se contra o criador. Exemplos não faltam: Paulo Maluf e Celso Pita, em São Paulo; Virgilio Távora e Gonzaga Mota, no Ceará. Em que pese tudo isso, Massapê foge desse padrão, pois criadores e criaturas, em geral apresentam convivência aparentemente pacífica pelo menos é o que se observa nas últimas três décadas, Basta rememorar os criadores e as criaturas passados presentes.
No entanto, essa convivência pacífica parece romper-se no lado da oposição. Os últimos episódios políticos me permitem fazer a seguinte indagação: Será que nas eleições de 2012, a maldição do criador e criatura atacará a família Albuquerque?
Antes que responda é necessário compreender se a relação dos irmãos Jacques e José Albuquerque pode caracterizar o binômio criador e criatura.
Assim, eis algumas ponderações:
Em 1988, Jacques Albuquerque como oposição ganha às eleições do atual Vice-Prefeito Jilson Canuto. Considerações importantes: 1) a maioria de Jacques sobre Jilsim foi de quase mil votos num eleitorado em que era um pouco mais da metade do que o atual; 2) Jacques consolida o espólio eleitoral de Beto Lira e Chico Lopes; 3) Jacques torna-se o maior líder individual de Massapê; 4) transforma-se no desafeto preferencial do grupo político do ex-deputado Luiz Pontes.
Em 1990, Jacques lança na política o jovem e irmão, desconhecido dos massapeenses, José Albuquerque como candidato a Deputado Estadual, patrocinando aí uma trajetória política de sucesso, pois o mesmo vem sendo reeleito ou quase, desde então, e se encontra atualmente no sexto mandato, todos apoiados pelo irmão Jacques. Considerações importantes: 1) nasce dessa relação fraternal um também acordo simbiótico tácito, primeiro cuidaria das eleições municipais, o segundo mais a nível estadual representaria Massapê na Assembléia Legislativa; 2) Jacques, nesta relação, também aceitaria ocupar um papel que garantisse ao deputado José Albuquerque assento permanente na Assembléia Legislativa como na legislatura 1998-2002 em que Jacques comprometeu-se a votar em Wellington Landim para garantir a vaga de Deputado ao irmão já que o mesmo era apenas suplente.
Em 1994, segunda eleição de José Albuquerque à assembléia Legislativa do Ceará, Jacques entra na eleição de deputado ainda mais voraz, posto que o seu desafeto político Luiz Pontes era também candidato a deputado estadual. Importa frisar que Tasso Jereissati era candidato, nesta época, ao Governo do Estado e que a pedido de Ciro Gomes, intermediado por José Albuquerque, foi votado em Massapê, também por Jacques Albuquerque. Considerações importantes: 1) José Albuquerque teve o dobro da votação de Luiz Pontes em Massapê; 2) Tasso Jereissati em 1996 estava no palanque Luiz Pontes, seu afilhado político, ajudando a derrotar Jacques Albuquerque.
Em 1998, terceira eleição de José Albuquerque, desta feita apesar de todos os esforços do irmão Jacques, o deputado só consegue uma suplência.
Assim para que o mesmo permanecesse na Assembléia Legislativa do Ceará, Jacques comprometeu-se com o Presidente daquela casa Wellington Landim de apoiá-lo ao Governo do Estado em 2002, como de fato ocorreu. Considerações importantes: 1) Jacques deixou de votar em Sergio Machado que tinha as condições mais favoráveis de ganhar as eleições. E representava uma oposição mais firme ao grupo do Governador Tasso Jereissati; 2) José Albuquerque preservou o seu mandato à custa do sacrifício de seu irmão; 3) o sacrifício só não foi maior do que o de 1994 quando Jacques votou no próprio Tasso Jereissati.
Em 1998 e 2002, Jacques Albuquerque vota em Ciro Gomes para presidente da República. Em 2006 e 2010, em Cid Gomes para o Governo do Ceará. É claro que Jacques nestas definições sempre atendeu ao pedido do irmão José Albuquerque. Considerações importantes: 1) José Albuquerque tornou-se um dos principais interlocutores do Ferreira Gomes no Ceará; 2) Desprestigiado, Jacques Albuquerque, passou a sofrer pressão do próprio irmão para desistir de sua pré-candidatura a prefeito de Massapê em 2012; Apesar de tudo isso, Jacques reafirma sua pré-candidatura com ou sem o apoio do irmão.
Será que o binômio criador e criatura evidenciam-se na relação Jacques e José Albuquerque? (...)
Com base nessas ponderações, já tenho a resposta para a indagação inicial: “Será que, nas eleições de 2012, a maldição do criador atacará a família Albuquerque?” No entanto, reservo-me o direito de não revelar tal resposta, posto que meu desejo é não influir na resposta do leitor.
(Blog do Adrian Márcio)
No entanto, essa convivência pacífica parece romper-se no lado da oposição. Os últimos episódios políticos me permitem fazer a seguinte indagação: Será que nas eleições de 2012, a maldição do criador e criatura atacará a família Albuquerque?
Antes que responda é necessário compreender se a relação dos irmãos Jacques e José Albuquerque pode caracterizar o binômio criador e criatura.
Assim, eis algumas ponderações:
Em 1988, Jacques Albuquerque como oposição ganha às eleições do atual Vice-Prefeito Jilson Canuto. Considerações importantes: 1) a maioria de Jacques sobre Jilsim foi de quase mil votos num eleitorado em que era um pouco mais da metade do que o atual; 2) Jacques consolida o espólio eleitoral de Beto Lira e Chico Lopes; 3) Jacques torna-se o maior líder individual de Massapê; 4) transforma-se no desafeto preferencial do grupo político do ex-deputado Luiz Pontes.
Em 1990, Jacques lança na política o jovem e irmão, desconhecido dos massapeenses, José Albuquerque como candidato a Deputado Estadual, patrocinando aí uma trajetória política de sucesso, pois o mesmo vem sendo reeleito ou quase, desde então, e se encontra atualmente no sexto mandato, todos apoiados pelo irmão Jacques. Considerações importantes: 1) nasce dessa relação fraternal um também acordo simbiótico tácito, primeiro cuidaria das eleições municipais, o segundo mais a nível estadual representaria Massapê na Assembléia Legislativa; 2) Jacques, nesta relação, também aceitaria ocupar um papel que garantisse ao deputado José Albuquerque assento permanente na Assembléia Legislativa como na legislatura 1998-2002 em que Jacques comprometeu-se a votar em Wellington Landim para garantir a vaga de Deputado ao irmão já que o mesmo era apenas suplente.
Em 1994, segunda eleição de José Albuquerque à assembléia Legislativa do Ceará, Jacques entra na eleição de deputado ainda mais voraz, posto que o seu desafeto político Luiz Pontes era também candidato a deputado estadual. Importa frisar que Tasso Jereissati era candidato, nesta época, ao Governo do Estado e que a pedido de Ciro Gomes, intermediado por José Albuquerque, foi votado em Massapê, também por Jacques Albuquerque. Considerações importantes: 1) José Albuquerque teve o dobro da votação de Luiz Pontes em Massapê; 2) Tasso Jereissati em 1996 estava no palanque Luiz Pontes, seu afilhado político, ajudando a derrotar Jacques Albuquerque.
Em 1998, terceira eleição de José Albuquerque, desta feita apesar de todos os esforços do irmão Jacques, o deputado só consegue uma suplência.
Assim para que o mesmo permanecesse na Assembléia Legislativa do Ceará, Jacques comprometeu-se com o Presidente daquela casa Wellington Landim de apoiá-lo ao Governo do Estado em 2002, como de fato ocorreu. Considerações importantes: 1) Jacques deixou de votar em Sergio Machado que tinha as condições mais favoráveis de ganhar as eleições. E representava uma oposição mais firme ao grupo do Governador Tasso Jereissati; 2) José Albuquerque preservou o seu mandato à custa do sacrifício de seu irmão; 3) o sacrifício só não foi maior do que o de 1994 quando Jacques votou no próprio Tasso Jereissati.
Em 1998 e 2002, Jacques Albuquerque vota em Ciro Gomes para presidente da República. Em 2006 e 2010, em Cid Gomes para o Governo do Ceará. É claro que Jacques nestas definições sempre atendeu ao pedido do irmão José Albuquerque. Considerações importantes: 1) José Albuquerque tornou-se um dos principais interlocutores do Ferreira Gomes no Ceará; 2) Desprestigiado, Jacques Albuquerque, passou a sofrer pressão do próprio irmão para desistir de sua pré-candidatura a prefeito de Massapê em 2012; Apesar de tudo isso, Jacques reafirma sua pré-candidatura com ou sem o apoio do irmão.
Será que o binômio criador e criatura evidenciam-se na relação Jacques e José Albuquerque? (...)
Com base nessas ponderações, já tenho a resposta para a indagação inicial: “Será que, nas eleições de 2012, a maldição do criador atacará a família Albuquerque?” No entanto, reservo-me o direito de não revelar tal resposta, posto que meu desejo é não influir na resposta do leitor.
(Blog do Adrian Márcio)