Apesar de o voto ser secreto, a sessão
de hoje será aberta e vai ser transmitida ao vivo pela TV Senado. As galerias
do plenário também serão abertas aos cidadãos que conseguirem senhas
distribuídas pelos partidos. Os senadores ficam proibidos de revelar o voto,
registrado eletronicamente. Demóstenes será o último a falar, por meia hora. Em
2007, uma das absolvições de Renan Calheiros (PMDB-AL) já havia ocorrido em
sessão aberta.À época, Demóstenes foi um dos principais algozes do
peemedebista, acusado de ter as despesas pessoais pagas por uma empreiteira.
Ontem Demóstenes comparou a perda do mandato a algo pior do que a morte.
''A morte é até simples, pois é o fim
definitivo. A cassação é uma morte com requinte de extrema crueldade, mata não
só a pessoa, mas rouba-lhe a dignidade'', diz ele, em texto aos colegas.
Demóstenes afirma que vai ''resistir
até o final'', embora o regimento do Senado lhe permita renunciar até momentos
antes da votação -seu advogado descarta a hipótese. O comando do Senado
entende, entretanto, que uma eventual renúncia não suspende a votação. No
plenário, Demóstenes fez um apelo emocional afirmando que enfrentou um
''massacre''.
