À medida em que o tempo vai passando e se aprofunda os subterrâneos do
caso Cachoeira, vem à tona uma realidade incontestável: o Estado de Goiásé uma
terra sem lei, sobretudo no lado político. Ali se mata político, jornalista e
se intimida e ameaça integrantes do Judiciário. A PF (Polícia Federal) prendeu
nesta sexta-feira (6/7), em Anápolis (GO), Adriano Aprígio, ex-cunhado do
empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele é suspeito de ter
enviado e-mail para intimidar a procuradora da República Lea Batista de
Oliveira.
Em junho, a procuradora recebeu uma primeira mensagem sem identificação
dizendo que ela havia sido “dura demais” com os envolvidos no esquema de
Cachoeira. Adriano Aprígio está entre os 80 denunciados pelo MPF (Ministério
Público Federal) em Goiás em função do suposto envolvimento com a rede
criminosa de Cachoeira. De acordo com o MPF, as investigações indicam que
Aprígio tinha a atribuição de dissimular as quantias arrecadadas com a prática
criminosa.
O Ministério Público também afirma que no dia 23 de junho, a procuradora
Lea Batista recebeu outro e-mail com ameaças a ela e a sua família. Dessa vez,
a mensagem continha palavras de baixo calão e ameaças mais duras.