O governo federal já acumula em caixa R$ 59 bilhões para
investimentos públicos, que não conseguiu gastar. Esse valor é referente a
obras previstas nos orçamentos anuais da União que não saíram do papel. Os
recursos foram "empenhados", mas não "liquidados" e
"pagos" porque o investimento ainda não foi realizado. No jargão
técnico, são os chamados restos a pagar. O montante triplicou desde 2007,
quando foi lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Naquele ano,
estava em R$ 19 bilhões, conforme levantamento do economista Mansueto de
Almeida com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (Siafi). Esses valores são só restos a pagar comprometidos com
investimentos, e não incluem os de custeio das despesas do Estado.