AÍ JÁ É DEMAIS
Da coluna
Política, no O POVO desta sexta-feira (18), pelo jornalista Érico Firmo:
Quem
acompanha a coluna com alguma assiduidade sabe que não concordo com os que
consideram que o poder público só pode investir em atividades de lazer e
entretenimento depois de resolver todos os problemas elementares, como na saúde
e na educação. Claro que o escalonamento de prioridades é fundamental. Mas
diversão não é supérfluo e sim condição para qualidade de vida. É mais
fácil criticar a espetáculos abertos à população quando se tem condições de
pagar para ir a festas no fim de semana. Contudo, não se pode perder a medida.
Gastar R$ 650 mil com cachê de artista para show de inauguração de um hospital
é fora de propósito. Não se trata de evento de relevância cultural, celebrativo
de data importante, com qualquer apelo turístico que seja, nem que vá ter desdobramentos
com retorno relevante. Sua única finalidade é dar visibilidade à obra do
Governo do Estado que, a rigor, nem começa a atender a população imediatamente.Sobre
determinado aspecto, chega a ser mais discutível que o tão polêmico show de
Plácido Domingo, na inauguração do Centro de Eventos. Apenas sob uma angulação,
obviamente, porque ali o absurdo foi o gasto milionário de dinheiro do povão em
evento para VIPs. Contudo,
daquela vez, fosse válida ou não, havia a justificativa de que a intenção era
divulgar o equipamento para produtores de evento do País todo. No caso do
hospital, a serventia do show já terá deixado de existir no dia seguinte. Sem
acumular qualquer capital simbólico em função disso. (Via Blog do Eliomar de Lima)