sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

AÍ JÁ É DEMAIS


Da coluna Política, no O POVO desta sexta-feira (18), pelo jornalista Érico Firmo:

Quem acompanha a coluna com alguma assiduidade sabe que não concordo com os que consideram que o poder público só pode investir em atividades de lazer e entretenimento depois de resolver todos os problemas elementares, como na saúde e na educação. Claro que o escalonamento de prioridades é fundamental. Mas diversão não é supérfluo e sim condição para qualidade de vida. É mais fácil criticar a espetáculos abertos à população quando se tem condições de pagar para ir a festas no fim de semana. Contudo, não se pode perder a medida. Gastar R$ 650 mil com cachê de artista para show de inauguração de um hospital é fora de propósito. Não se trata de evento de relevância cultural, celebrativo de data importante, com qualquer apelo turístico que seja, nem que vá ter desdobramentos com retorno relevante. Sua única finalidade é dar visibilidade à obra do Governo do Estado que, a rigor, nem começa a atender a população imediatamente.Sobre determinado aspecto, chega a ser mais discutível que o tão polêmico show de Plácido Domingo, na inauguração do Centro de Eventos. Apenas sob uma angulação, obviamente, porque ali o absurdo foi o gasto milionário de dinheiro do povão em evento para VIPs. Contudo, daquela vez, fosse válida ou não, havia a justificativa de que a intenção era divulgar o equipamento para produtores de evento do País todo. No caso do hospital, a serventia do show já terá deixado de existir no dia seguinte. Sem acumular qualquer capital simbólico em função disso. (Via Blog do Eliomar de Lima)