Incentivados
pelos presidentes da Câmara e do Senado — Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e
Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente —, 18 governadores estiveram ontem
(13) no Congresso Nacional empunhando a bandeira do pacto federativo repleta de
duras críticas ao Governo Federal, o que evidencia o tom da campanha eleitoral
do ano que vem. Reclamaram do tratamento dispensado pelo Palácio do Planalto
aos Estados, questionaram a postura centralizadora da União na distribuição de
recursos e puxaram para si a responsabilidade de buscar um consenso em relação
a pontos polêmicos que incomodam os Estados e podem gerar embates acirrados com
a presidente Dilma Rousseff (PT). Principal estrela do encontro e com uma
postura cada vez mais de presidenciável para 2014, o governador Eduardo Campos
(PE) criticou a União, lembrando que os estados investiram mais que o Governo
Federal e os municípios nos últimos três anos, ajudando a evitar um desastre
ainda maior que o pífio 0,9% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “2012
foi um ano que não deixou saudades. Teve baixo crescimento, a gente teve menos
recursos para fazer investimentos nos Estados, só conseguimos aprovar em março
o Orçamento de 2013. É um ano que a gente precisa superar”, alfinetou.