Vinte e dois
estados participam hoje (30) e amanhã da paralisação da categoria médica
deliberada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). De acordo com
nota enviada à imprensa pela assessoria da federação, os sindicatos
médicos de todo o país continuam a protestar contra o Programa Mais
Médicos e os vetos à lei que regulamenta o exercício da medicina. Segundo
o presidente da entidade, Geraldo Ferreira, “a crise na saúde é antiga e
a classe médica nunca foi ouvida nas negociações com o governo”, o que,
em sua opinião, exige ações mais fortes. “Sem pressão no governo, não
conseguiremos algum resultado. O problema é de anos e agora temos
certeza que é preciso atitude ousada.”
Quanto ao
reagendamento de consultas e cirurgias eletivas, o presidente se diz
ciente dos problemas causados por tantas paralisações, mas explica que
“infelizmente, algum transtorno sempre existe para avanços”. Após
o próximo dia dez, quando se finda a programação estabelecida pelo
calendário da Fenam, será realizada uma avaliação das reivindicações.
Caso não haja avanços no movimento, a federação, que representa 53
sindicatos médicos, adianta que decretará greve por tempo indeterminado.