sábado, 18 de outubro de 2014

SOB QUESTIONAMENTO, INSTITUTOS DEFENDEM PESQUISAS

Entra pleito e sai pleito, lá estão elas a cada dois anos, a tentar desenhar o cenário político. O fato é que as pesquisas eleitorais realizadas e fartamente divulgadas, principalmente aquelas dos institutos Ibope e Datafolha, cada vez mais têm pautado a eleição.
E a dose parece ter transbordado o limite no pleito deste ano. Na reta final do primeiro turno, pesquisas chegaram a ser atualizadas a cada dois dias, com a devida exploração pelos jornais em suas manchetes do dia seguinte. O mesmo aconteceu com as revistas semanais. Além do noticiário em tempo real, por meio dos principais sites, portais e redes sociais etc. Diante de tantos números, percentuais e estatísticas, e em tão curto espaço de tempo, surgem algumas inquietações. O eleitor precisa disso? Até que ponto o voto é decidido com base nas pesquisas? A quem serve tamanha numerária?
“Para minimizar erros, desde 2002 trabalhamos com a média das pesquisas dos principais institutos. Acredito que a liberdade de informação deve ser preservada a qualquer preço. As pesquisas devem ser realizadas e amplamente divulgadas”, disse ao Congresso em Foco o cientista político Murillo de Aragão, fundador da Arko Advice Pesquisas e Análise Política e acostumado com o universo dos percentuais.