O Ceará registrou, em setembro deste ano, redução de mortes violentas
no Estado e na Capital. O Estado apresentou redução pelo sétimo mês de
2015, com diminuição de 2,6% nos Crimes Violentos Letais e Intencionais
(CVLIs) em relação ao mesmo período do ano passado. Já Fortaleza
apresentou queda significativa de 13% em setembro. Os dados foram
apresentados nesta quarta-feira (7) pelo governador Camilo Santana e a
vice-governadora Izolda Cela, durante participação mensal na reunião de
monitoramento do programa “Em Defesa da Vida”, na sede da Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em Fortaleza.
Nos
nove primeiros meses deste ano, a queda ficou em 10,3% no Ceará, com
339 vidas salvas em relação ao mesmo período do ano passado – 18,8%
apenas em Fortaleza. Para Camilo Santana, a redução se deve a uma
mobilização em vários setores, como exemplificado no Pacto por um Ceará
Pacífico. “O que tem mostrado que as diversas ações realizadas, não só
diretamente ligadas a seguranças pública, são extremamente importantes
para o êxito das ações e na sensação de segurança. Essas ações precisam
estar integradas com todos os setores, pois a questão de segurança
dialoga com diversas iniciativas. Os nossos esforços continuam sendo
grandes no intuito de diminuir cada vez mais os índices de violência no
nosso Estado”, destacou o governador.
BPRaio, Batalhão de Divisas e Ciopaer em Sobral
Entre
as ações para o reforço na segurança pública, o governador destacou a
implantação de equipes do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações
Intensivas e Ostensivas (BPRaio), do Batalhão de Divisas e a base fixa
da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) ainda este mês,
em Sobral; além do treinamento das equipes do BPRaio, em Quixadá. Outra
medida importante enaltecida por Camilo Santana foi a aplicação das
Audiências de Custódia, em parceria do Governo do Estado com o Tribunal
de Justiça do Ceará, que agiliza os julgamentos de flagrantes e minimiza
a lotação em delegacias e presídios.
Fortaleza apresenta maior queda no ano
No
acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 2.965
Crimes Violentos Letais Intencionais – uma diminuição de 10,3%, acima da
meta de -6%. São 339 vidas salvas no período, se comparados com os
3.304 CVLIs dos nove primeiros meses de 2014. A maior redução nesse
período foi registrada na Capital – 18,8%, passando de 1.526, em 2014,
para 1.239, de janeiro a setembro deste ano. A Região Metropolitana de
Fortaleza apresentou 12,1% menos registros de CVLI (565 casos), que no
mesmo período de 2014 (643). No Interior Sul, houve alta de 2,5%,
aumentando de 649 para 665. No Interior Norte, houve aumento de 2,1%,
indo de 486 para 496.
Em setembro, o Interior Norte apresentou redução de 23%, caindo de 74
casos, em setembro de 2014, para 57 no mês passado. A Região
Metropolitana de Fortaleza apresentou 59,1% mais registros de CVLI (70
casos) que no mesmo mês de 2014 (44). No Interior Sul a alta foi de
2,9%, indo de 69 para 71. Segundo Delci Teixeira, secretário da
Segurança Pública e Defesa Social, os dados transparentes analisados
pelo Estado propiciam um reforço nas ações de Governo. “Temos olhado com
bastante atenção nossos dados, que são uma das mais transparentes do
Brasil”, reforçou o secretário.
Destaque do Grupamento do BPMA
Ainda
na reunião, o governador foi apresentado para a equipe do Batalhão de
Polícia Militar Ambiental (BPMA) que se destacou nos números de
apreensão de armas. Foram homenageados os policiais militares sargento
Paulo Yrtonny Duarte Alencar, soldado André Bezerra Felipe, soldado José
Cláudio Feitosa Da Silva, soldado Arquimedes Ferreira de Souza e o
soldado José Herman Figuereido Da Silva. A equipe, juntas, efetuaram a
apreensão de 331 armas em setembro.
A reunião, que tem ainda a participação de representantes do
Ministério Público, servidores através de videoconferência, transmitindo
imagens das corporações de cinco cidades do Interior (Sobral, Crateús,
Quixadá, Russas e Juazeiro do Norte), comandantes das vinculadas da
SSPDS (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e
Perícia Forense), além de cerca de 60 profissionais das forças de
segurança.