Nos últimos oito anos, os gastos do Ministério da Saúde com a
judicialização da compra de medicamentos saltaram de R$ 103,8 milhões
para R$ 1,11 bilhão em 2015, um aumento de 1.060%. Esse valor representa
quase 8% das despesas do SUS com remédios, que, em 2015, foram da ordem
de R$ 14,8 bilhões, o que correspondeu a 13,9% do orçamento do
Ministério da Saúde.
Os dados são do Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos
(Inesc), que fez um levantamento sobre as despesas, determinadas pela
Justiça, para a compra de medicamentos não disponíveis pelo SUS ou ainda
sem registro no Brasil. Até julho deste ano, o Ministério da Saúde
respondia a 16.301 ações, mais do que os processos movidos por pacientes
em 2015 (14.940).