Na propaganda eleitoral no rádio e na TV, que começou no último dia 26 de agosto, há candidatos para todos os gostos entre os quase 30 mil que concorrem à eleição proporcional. Assistir ao que dizem e prometem os chamados candidatos folclóricos é uma viagem num filme de humor, o humor do deboche da política, conforme levantamento nacional do site Poder360.O maranhense Manoel Gomes, compositor da canção “Caneta Azul”, que viralizou em 2019, lançou sua candidatura a deputado estadual pelo Partido Liberal. Ele escolheu usar o nome Caneta Azul nas urnas. A música também é o pano de fundo de todos os vídeos referentes a sua candidatura.
Candidato a deputado estadual pelo Republicanos de Pernambuco, Severino Cardoso Sobrinho, também conhecido como “Taxista Samuray” e “Samuray Tricolor”, publicou nas redes sociais, em 25 de agosto de 2022, vídeo no qual aparece manejando um Nunchaku (arma que consiste em dois bastões pequenos conectados por uma corrente).
Já o ex-ator de filmes pornográficos Clóvis Basílio dos Santos (União Brasil), conhecido pelo nome artístico Kid Bengala, candidato a deputado pelo UB em São Paulo, convoca o eleitor a subir a rampa do Congresso de bengala.
Com apenas um segundo de tempo no horário eleitoral na TV, o vereador e candidato a deputado federal pelo Cidadania do Amazonas, Amom Mandel, foi breve em seu recado. “Eu sou Amom”, disse em um programa. “Beba água”, falou em outro.
Defensor do direito dos animais, o deputado estadual Rodrigo Maroni, candidato à reeleição pelo PSDB de São Paulo, levou seus cachorros Jonny e Costelão para pedir votos na propaganda eleitoral.
“Em protesto, a candidata Lourdes Melo pretendia fazer um minuto de silêncio, mas só temos 57 segundos”, diz uma propaganda de Lourdes Melo, candidata ao Governo do Piauí pelo PCO (Partido da Causa Operária). No começo do mês, Lourdes viralizou ao proferir a frase “ah, você quer me calar?”, durante um debate na TV Cidade Verde.
Desafeto da família Bolsonaro, Abraham Weintraub (PMB), ex-ministro da Educação e candidato a deputado federal por São Paulo, escolheu um tom dramático para uma peça da sua campanha. No material, ele se coloca como alternativa contrária ao “ladrão” e ao “tchutchuca do Centrão”.
(Magno Martins)