Apesar de estarmos vivendo o oposto do que aconteceu há oito anos, cada vez mais fica a impressão de que talvez não seja tão fácil assim, nem mesmo para Lula, transferir votos para o candidato que escolher (Dilma, no caso). Projeções publicadas pelos institutos de pesquisa mostram que a ministra bateu nos 19% e não sai mais disso, o que poderia sugerir um teto para seu potencial. Fugindo da futurologia das pesquisas, que simplesmente ignoram o imponderável, é válido prestar atenção à fala do próprio presidente Lula, em sua passagem por Fortaleza, na última quinta-feira: “Eu acho que o Brasil está vivendo um momento rico, porque se a disputa se der entre Ciro e Dilma, ou entre Marina, Dilma e Ciro, eu acho que já é um avanço extraordinário para o Brasil. O que nós precisamos é fazer o povo brasileiro compreender que você não pode arriscar a votar em alguém que não dê continuidade às coisas que estão sendo feitas. (...) Eu confesso a vocês que vai ser uma eleição disputada, acho que nós vamos disputar as eleições em um momento muito bom, e eu penso que a base do governo vai ganhar as eleições.“
Por Fábio Campos